Há uns anos, chegou aos cinemas o filme Pixels. Centrava-se nos clássicos jogos de video, como o PacMan e o Donkey Kong. Esses jogos são famosos pelo aspecto “quadrado” e antigo, que é devido ao pequeno número de pixeis que os constituem.

Pixel, em inglês, quer dizer elemento de imagem. São os pequenos e coloridos pontos que compõem as imagens nos nossos televisores, ou nos ecrãs dos nossos computadores e telemóveis.

O número de pixeis numa imagem é uma medida da sua resolução. Mais pixeis querem dizer melhor resolução, e uma imagem de melhor qualidade. As imagens com baixa resolução podem ter um aspeto indistinto, e menos detalhes e cores. Para dar uma ideia de como a resolução tem melhorado ao longo dos anos, o primeiro jogo do PacMan tinha uma resolução de 64000 pixeis, mas os melhores telemóveis atualmente disponíveis têm ecrãs com uma resolução de mais de 40 milhões de pixeis. Ainda assim, se quisermos falar de resoluções seriamente elevadas, temos que falar de astronomia.

Os astrónomos passam a vida a estudar objetos tão distantes e indistintos que são invisíveis a olho nu. Esses objetos, para se deixarem ver, exigem as melhores condições possíveis: céus escuros e límpidos, e câmaras de alta tecnologia.

A imagem que acompanha este artigo foi obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. Mostra uma galáxia em espiral enorme e relativamente próxima de nós, composta por 40 mil milhões de estrelas. Esta galáxa é tão grande que o Hubble teve que obter 54 imagens individuais que foram depois coladas umas às outras num mosaico, só para mostrar a região central da galáxia e a parte interior dos seus braços em espiral.

Mas o que é realmente impressionante nesta imagem é a sua resolução – ela é composta por uns astronómicos 665 milhões de pixeis. Conseguem distinguir-se entre 10 e 15 milhões de estrelas individuais. Isto é, com toda a certeza, uma grande resolução para 2019!

Portal do Astrónomo / NUCLIO