A olho nu, por ano e em média, não conseguimos ver mais do que um único cometa no céu noturno. Quem teve muita sorte já pode ter visto um, e a imagem terá um ar familiar.
O nosso Sistema Solar está a receber por estes dias um visitante que veio de muito longe.
O cometa 2I/Borisov não teve origem no Sistema Solar. De facto, não sabemos de onde veio! Esta é apenas a segunda vez que um objeto vindo de outro sistema planetário algures na nossa galáxia e de visita ao Sol e seus planetas é observado pelos cientistas.
Os cometas são feitos de rocha, poeira e gelo, e por isso são muitas vezes chamados “bolas de neve sujas”. Se se aproximarem demasiado do Sol, o calor da estrela faz com que se evapore algum do gelo que os constitui. Isso dá origem às fantásticas “caudas” que podem ser vistas enquanto os cometas atravessam o nosso céu noturno.
A imagem que mostramos foi obtida pelo Telescópio Espacial Hubble a 12 de Outubro de 2019.
O cometa está a aproximar-se do Sol, e passará pelo seu ponto de maior proximidade com a nossa estrela em dezembro. No ano que vem voltará a sair do Sistema Solar, e talvez um dia, no futuro distante, penetre noutro sistema planetário algures pelo Universo.
O cometa viaja a cerca de 150000 quilómetros por hora, quase 500 vezes mais depressa do que um carro de corrida!
A olho nu, por ano e em média, não conseguimos ver mais do que um único cometa no céu noturno. Quem teve muita sorte já pode ter visto um, e a imagem terá um ar familiar.