Sabias que as galáxias elípticas contêm algumas das estrelas mais antigas do nosso Universo? A origem das galáxias elípticas gigantes é ainda um mistério que intriga os astrónomos.
Já tentaste fazer uma árvore genealógica? Pode ser divertido traçares as tuas raízes e história familiar. É como voltar atrás no tempo para descobrir factos interessantes sobre as tuas origens. Agora imagina levarmos esta atividade a um âmbito cósmico, para perceber como se formam e crescem as galáxias, como a nossa Via Láctea.
Com a ajuda do Telescópio Subaru, uma equipa internacional de investigadores tem andado a estudar uma peculiar região do nosso Universo conhecida como “protoenxame da Teia de Aranha”. Esta região é uma movimentada “cidade cósmica” que contém grupos de galáxias massivas que começaram a juntar-se quando o Universo era muito mais jovem, há mais de 10 mil milhões de anos.
A equipa do Subaru estudou o superenxame da Teia de Aranha durante mais de 10 anos, tendo descoberto que em algumas das suas galáxias ainda abunda a formação estelar, enquanto em outras a produção de estrelas parece ter sido completamente interrompida. Algumas começaram mesmo a transformar-se em galáxias elípticas gigantes. A equipa descobriu também que cerca de metade das galáxias da Teia de Aranha têm buracos negros supermassivos – devoradores! “Fico com imensa fome se não ingerir a minha dose diária de matéria de alta energia”, comenta um dos buracos negros supermassivos.
Ora isto deixou a equipa ainda mais curiosa: poderá existir uma ligação entre o regime alimentar dos buracos negros e a formação estelar nestas galáxias? Para resolver este puzzle, os investigadores precisavam de um mapa detalhado das galáxias contendo dados importantes. “Aqui vou eu para ajudar”, disse o Telescópio Espacial James Webb (JWST). E pronto!
Usando mapas obtidos com o telescópio JWST, a equipa descobriu que as galáxias com buracos negros supermassivos ativos deixaram de formar novas estrelas, enquanto que as galáxias sem tais buracos negros estão ainda a formar novas estrelas. Esta teoria vem dar apoio às descobertas da equipa realizadas com o Telescópio Subaru. Excelente trabalho, Subaru e JWST!
Imagem: O protoenxame da Teia de Aranha captado pelo JWST. Créditos: Shimakawa et al.
Sabias que as galáxias elípticas contêm algumas das estrelas mais antigas do nosso Universo? A origem das galáxias elípticas gigantes é ainda um mistério que intriga os astrónomos.