Os astrónomos pensam que há no Universo cinco vezes mais desta estranha matéria do que da que consideramos normal, a que podemos ver!
Os astrónomos sabem que o Universo está cheio de matéria escura, mas a verdade é que ainda não a compreendemos de todo…
Novos resultados do Telescópio Espacial Hubble deram agora resposta a um mistério acerca de uma galáxia de onde a matéria escura parece estar ausente!
A misteriosa matéria escura
A matéria escura é um material misterioso e bizarro, que recebeu esse nome porque não emite qualquer luz – por isso, é completamente invisível. Contudo, sabemos que ela existe, porque podemos ver o efeito que tem sobre as coisas que a rodeiam. É como reparar em pegadas na neve, deixadas por um animal que não vemos. E sabemos que ela costuma ser encontrada nas redondezas das galáxias - aliás, pensamos que ela ajuda a mantê-las coesas!
Para onde foi ela?
Mas, e se uma galáxia não tiver matéria escura? Bem, isso foi precisamente o que o Telescópio Espacial Hubble encontrou! Ao usar o Hubble, os cientistas descobriram duas galáxias onde parece não haver matéria escura: a NGC1052-DF2 e a NGC1052-DF4.
Agora, porém, novos dados do Hubble forneceram uma resposta a este dilema; quando a galáxia NGC1052-DF4 foi analisada com maior detalhe, foram encontradas evidências de um processo que os astrónomos conhecem por disrupção de maré. O que isto significa é que a força gravítica de uma outra galáxia próxima, a NGC1035 – de muito maior massa – está a desfazer a NGC1052-DF4! E neste processo a matéria escura vai sendo removida.
O que se passa é que esta vizinha poderosa, ao desfazer a galáxia mais pequena, faz com que os enxames de estrelas desta sejam puxados na sua direcção.
Os astrónomos ficaram deliciados e aliviados por terem encontrado provas da disrupção de maré na galáxia NGC1052-DF4. Porquê? Bem, sem ela, os cientistas ver-se-iam forçados a reconsiderar tudo o que hoje em dia pensam saber sobre as leis da gravidade!
Os astrónomos pensam que há no Universo cinco vezes mais desta estranha matéria do que da que consideramos normal, a que podemos ver!