O Sagittarius A* é cerca de 4,5 milhões de vezes mais maciço do que o nosso Sol!
A nossa galáxia tem a forma de um remoinho, com longas faixas de gás e poeira que giram em torno do centro. Tal como num remoinho, os objetos que flutuam muito próximo são arrastados para o centro, desaparecendo da nossa vista.
O destino estes objetos não é um mistério. Escondido na escuridão, no centro da nossa galáxia encontra-se um monstro gigante e esfomeado - um buraco negro supermaciço.
Os buracos negros supermaciços são conhecidos pela sua capacidade de devorar qualquer coisa, incluindo a luz! Mas não se limitam a comer, às vezes também cospem!
Em 2013 foi observada uma labareda (aquilo a que os astrónomos chamam “fulgurações”) lançada do centro da nossa galáxia. Tal como muitas fulgurações, era formada por raios X de alta energia. No entanto, neste caso era 400 vezes mais brilhante do que os raios X emitidos normalmente deste buraco negro!
Cerca de um ano mais tarde ele lançou outra fulguração, desta vez 200 vezes mais brilhante do que o habitual. Os astrónomos têm duas teorias sobre o que poderá ter causado estas “megalabaredas”. A primeira teoria é de que a forte gravidade do buraco negro pode ter despedaçado um asteróide que lhe passou demasiado perto. Os seus restos foram depois aquecidos até milhões de graus, antes de serem devorados.
A outra possível explicação está relacionada com os fortes campos magnéticos à volta do buraco negro. Se de algum modo houver uma oscilação destes campos, ela poderá causar uma enorme emissão de raios X. De facto, este tipo de fenómeno é observado regularmente no nosso Sol, constituindo as chamadas fulgurações solares.
Esta imagem mostra a zona em redor do buraco negro supermaciço da nossa galáxia, designado por Sagittarius A*, durante a fulguração gigante de 2013.
O Sagittarius A* é cerca de 4,5 milhões de vezes mais maciço do que o nosso Sol!