Embora a Lua brilhe com força no céu noturno, não produz a sua própria luz. Nós vemos a Lua porque ela reflete a luz que lhe chega do Sol.
Quando os astronautas foram à Lua, há mais de 50 anos, pensava-se que a Lua era completamente seca, sem qualquer água presente. Mas, nos últimos 20 anos, novas investigações sobre o nosso satélite permitiram encontrar nele água e gelo. Até agora, estas descobertas tinham sido feitas em regiões frias, escuras e sombrias da Lua, particularmente nos pólos, e sob a forma de gelo.
Agora a NASA anunciou que o telescópio SOFIA descobriu que a água também está presente em zonas da superfície lunar batidas pela luz solar. E há também indícios de que que existe mais água na Lua do que aquilo que pensávamos.
O SOFIA detetou moléculas de água em Clavius, uma das maiores crateras lunares, visível da Terra e localizada no hemisfério sul da Lua.
SOFIA
O Stratrospheric Observatory for Infrared Astronomy (Observatório Estratosférico para a Astronomia do Infravermelho, conhecido pelo acrónimo – em inglês – de SOFIA), é uma colaboração entre a NASA e o Centro Aeroespacial Alemão, o DLR.
Trata-se de um telescópio especial, que opera a partir de um grande avião, um Boeing 747. Por fora, tem todo o ar de um avião como o que poderíamos apanhar para ir de férias. Mas este avião tem uma grande porta de lado, que se abre em voo para permitir ao telescópio observar o céu noturno.
O SOFIA tem estudado o cosmos desde 2010, e tem investigado coisas como cometas, regiões de formação de estrelas, o centro da Via Láctea, e outros temas.
Olhar para o futuro
Esta descoberta é importante para o futuro da exploração espacial, porque quer dizer que há mais água na Lua do que pensávamos anteriormente. A água pode ser usada para permitir que os seres humanos vivam em bases na Lua, e também como combustível para naves e foguetões. Isto quer dizer que pode ser uma grande ajuda aos nossos planos futuros para viver na Lua e explorar o espaço profundo!
Os cientistas querem agora saber ao certo quanta água existe na Lua, e onde está localizada. O SOFIA vai continuar a observar a Lua para procurar água noutras regiões iluminadas, e para saber mais sobre a forma como a água lá foi parar.
Embora a Lua brilhe com força no céu noturno, não produz a sua própria luz. Nós vemos a Lua porque ela reflete a luz que lhe chega do Sol.